O que o empresário deve saber e esperar a partir de agora?

18 de outubro de 2019

Fomos sacudidos por grandes emoções nos últimos meses, entre elas pelo impacto que a recente paralisação do sistema de transporte por caminhões, que gerou grandes perdas econômicas nas empresas locais e à economia como um todo em âmbito nacional.

Passado o turbilhão, aprendemos muito com o momento vivido. A crise gerada nos obrigou a repensar mais profundamente nossas ações nas gestões de nossas empresas. Cada empresário está, nestes dias, debruçado em encontrar meios de recuperar os números chaves de suas empresas, que são denominados de resultado, ou lucro.

Muitos empregos passaram perto de sofrer abalos por conta dos riscos que envolveram a economia e o impacto disso nas empresas.

Sobrevivemos… mas estamos vivendo momentos que exigem muitos ajustes finos nas empresas: um repensar estratégico que perpassa por rever os processos, reorganizar os setores, buscar novos mercados e recuperar o lucro.

Os colaboradores são pessoas chaves para a busca desses resultados. Afinal, não há empresa bem-sucedida que não seja formada por uma equipe capaz de interpretar o mercado e produzir soluções que satisfaçam o cliente e gerem riqueza.

Se vivemos um momento que requer cuidados para a saúde das empresas, o mesmo podemos dizer para os empregados, que também vivem um momento de muita tensão. Recentemente tivemos uma publicidade nacional apontado que o desemprego no País atinge mais de 13 milhões de pessoas e que muitas outras milhões sobrevivem de renda que extraem do trabalho informal. Todas as regiões registram oscilações entre demanda e oferta de empregos, inclusive Cascavel e o Oeste do Paraná.

Diante desse cenário, temos um grande desafio pela frente. Empresas precisam recuperar seus resultados, mas numa crescente busca por inovação tecnológica, que muitas vezes não prioriza o emprego e sim uma solução que resolva um grande problema que pode responder à sobrevivência da empresa hoje e no futuro. Logo, a questão do emprego passa a ser um tema importante para um amplo debate da sociedade.

Temos verificado desemprego em praticamente todos os setores da economia. Mais acentuadamente no comércio e na indústria. O IBGE destaca a diminuição de postos de trabalho na indústria (2,7%, ou menos 327 mil pessoas), na construção (5,6%, ou menos 389 mil pessoas) e no comércio (2,2%, ou menos 396 mil pessoas). Não bastasse esse quadro, há no Brasil uma forte caracterização desse problema de desemprego ser acentuado na categoria denominada minoria. Refere-se a uma categoria de pessoas diferenciadas da maioria social.

Uma minoria social tem como diferenciação que pode ser baseada em uma ou mais características humanas observáveis, incluindo: etnia, raça, religião, deficiência, gênero, riqueza, saúde ou orientação sexual. Esses grupos, além de ter de enfrentar todos os impactos gerados pela baixa capacidade econômica de geração de emprego, ainda encontram diversas restrições quando estão em busca de oportunidades no mercado.

É importante entender que cada vez mais as empresas, para sobreviverem, devem se tornar altamente competitivas e a característica chave dos novos empregos precisam ser alicerçadas na competência individual, ou seja, atender aos requisitos mínimos do CHA (Competência, Habilidade e Atitude). O termo CHA é um dos assuntos mais discutidos no mundo dos negócios, considerado por alguns uma vertente filosófica que diz respeito ao conceito de competência do ser. Esse é o perfil que os recursos humanos das empresas buscam incansavelmente e pouco encontram.

Uma solução para essa equação complexa (procura por profissionais x desemprego) está na capacitação orientada para desenvolver um profissional capaz de absorver esses três fatores imprescindíveis para a sua empregabilidade. Desenvolver o “C” da competência técnica, do saber fazer; o “H” da habilidade com a atividade que desenvolve, com as pessoas da equipe e o “A” de atitude, da iniciativa, da competência interpessoal de lidar com situações complexas na equipe no dia a dia da empresa.

Portanto, “Capacitar” passa a ser a ordem do dia para quem está empregado e para quem busca ocupação e, com essa medida, auxiliar as empresas na busca da retomada econômica.