O Impacto da Inovação Disruptiva: Reflexões sobre o Futuro.

25 de junho de 2024

Eu, que já fui dono de um negócio de CDs de música antes da invenção do streaming, sei muito bem o impacto devastador que a inovação disruptiva pode causar em um negócio. Durante anos, meu negócio prosperou, atendendo a uma demanda crescente por música em formato físico. Contudo, com a chegada do MP3 e, posteriormente, das plataformas de streaming, a demanda por CDs caiu drasticamente, obrigando-me a fechar as portas.

Hoje, observando a evolução e disruptura em diversos segmentos, vejo como essa tendência se repete em áreas inesperadas. Na área do Direito, por exemplo, já não precisaremos mais de milhares de advogados escrevendo petições, graças ao avanço das tecnologias que automatizam esses processos. De forma similar, médicos que atuam em saúde não especializada, realizando anamnese e prescrevendo medicamentos, também enfrentam a ameaça de serem substituídos por sistemas inteligentes.

Recentemente, surgiram informações alarmantes no mercado, como mostrado neste vídeo do YouTube, destacando que, atualmente, o Brasil possui 500.000 médicos e que, até 2035, esse número pode chegar a 1 milhão. Tirando os grandes especialistas, não haverá mercado para tantos profissionais ganharem o que almejam devido à concorrência e à automatização. Estão chamando isso de a era dos “novos condutores de Uber”: advogados (já existem vários) e, em breve, médicos. Salvos os experts.

Essa informação, embora alarmante e sem fundamentação científica sólida, acende um alerta sobre o impacto potencial da Inteligência Artificial e outras megatecnologias. Se um dia foi o CD que acabou, o que acabará no futuro recente? A era da IA promete grandes disrupturas, e profissões que hoje consideramos seguras podem estar sob ameaça.

Assim como experimentei a devastação de uma inovação disruptiva, outros setores enfrentarão desafios semelhantes. A lição a ser aprendida é a necessidade de adaptação constante e de antecipar as mudanças tecnológicas. Profissionais de todas as áreas devem estar preparados para se reinventar e aproveitar as novas oportunidades que surgem. A inovação disruptiva não é apenas uma ameaça; é também um convite à reinvenção e à busca incessante por novas formas de criar valor.